Dor: alívio com mais movimento e menos medicamento

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Viver com dor é um não viver. A dor crônica – quando deixa de ser um efeito e passa a ser a própria doença ou uma desordem que precisa ser tratada – impõe limitações funcionais, afeta negativamente a saúde, o bem-estar e as relações sociais das pessoas. As dores, de forma imediata e geralmente, são tratadas com uso de remédios. No entanto, em muitos casos de dores crônicas, os medicamentos não são capazes de sanar o problema. 

Assim, novos caminhos, como as terapias alternativas, podem ser possíveis como soluções mais eficazes e naturais com o propósito de tratar não só a dor, mas o indivíduo de forma integrada. A atividade física, o movimentar do corpo, seu fortalecimento e fluidez, a liberação de tensões e o olhar para as emoções e a mente são mecanismos que despertam para um cuidar sem a intervenção medicamentosa. Acompanhe a leitura e veja como o movimento e as terapias alternativas podem fazer a diferença no alívio da dor. 

Os números de dores no Brasil e no mundo 

As dores crônicas estão entre as principais queixas relacionadas à saúde no mundo todo. Entre os locais onde a dor mais se apresenta, as dores nas costas estão no topo da lista. No Brasil, ela é motivo de queixa de 36% da população, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

No mundo, a porcentagem chega a 80%, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Um levantamento feito pelo departamento de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Editora Abril, em parceria com a MindMiners, aponta que mais da metade dos 700 participantes reclama de dores constantes nas costas ou na cabeça.

A dor crônica em idosos 

Uma pesquisa da Brazilian Journal of Pain, publicada pela Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), com 385 idosos – 67,3% mulheres e 32,7% homens – apontou dor crônica em 58,2% dos entrevistados. Fatores como nível e volume de prática de atividades físicas, presença de doenças crônicas, presença e intensidade de dor crônica também foram avaliados no estudo. 

A conclusão foi de uma alta prevalência de dor crônica entre os idosos e que está associada à presença de doenças crônicas e ao sexo. As mulheres idosas sentem mais dor que os homens e as sedentárias ou insuficientemente ativas apresentam maior intensidade da dor do que as ativas e muito ativas. A pesquisa foi capaz de mostrar também que as idosas com dor crônica praticam atividade física de maneira significativamente menor do que as que não têm. 

O uso de remédios e a dor

O uso de remédios e a dor

Aquela dorzinha começa a incomodar e a atitude mais rotineira e imediata, para muitas pessoas, é sacar um comprimido para resolver o problema. No entanto, o alívio que pode vir de forma rápida, também tende a sumir na mesma velocidade. Isso porque, quando há automedicação ou excesso no uso de remédios como analgésicos e anti-inflamatórios, a causa em si não é tratada. Ela é, quase sempre, mascarada pela ação dessas substâncias no organismo, que podem ainda prejudicar órgãos como rins, fígado e coração. Assim, o vaivém da dor é infinito.

Uma revisão do Instituto George para a Saúde Global, na Austrália, avaliou 6 mil voluntários, distribuídos em 35 trabalhos com o propósito de testar o poder dos anti-inflamatórios. O resultado foi de somente uma em cada seis pessoas obtinha, de fato, algum alívio. 

Mas como tratar a dor então? 

Os caminhos que se abrem para a questão apontam para um cuidado integrado do indivíduo. Um cuidado no qual estejam na linha de frente profissionais de saúde de múltiplas áreas, como médicos, fisioterapeutas, psicólogos, educadores físicos e nutricionistas.

A união de técnicas – sem a intervenções medicamentosas – e o convite para uma mudança de hábitos e estilo de vida têm se mostrado como o formato mais eficaz no combate e tratamento das dores crônicas. 

Atividade física e os movimentos no alívio da dor 

Quem sofre de dor crônica pode sentir medo de se movimentar. Mas aí é que mora o maior perigo. Ficar parado piora a dor. O imobilismo pode ainda prejudicar e desencadear outro maler. Assim, a prática de atividades físicas – como a musculação, o pilates e o alongamento –  é recomendada como forma de tratamento e alívio. É claro, e fundamental, que a atividade seja sempre devidamente indicada e orientada por um profissional. 

O movimentar do corpo, de maneira supervisionada, favorece o equilíbrio, lubrifica as articulações e juntas e fortalece a musculatura. Tudo isso auxilia, diretamente, na melhora das dores. É importante que os exercícios aconteçam de forma progressiva e individualizada, respeitando a necessidade e o limite de cada pessoa. Em movimento, as funções do corpo ficam mais integradas, há uma conversa melhor entre elas, há uma maior viabilização da locomoção, expressão e a interação do ser. 

Impacto do exercício na dor crônica

Um estudo publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte investigou o efeito de um programa de exercícios físicos sobre a dor crônica inespecífica. A pesquisa foi realizada com 29 pessoas que aderiram a um programa de exercícios domiciliares. A conclusão foi de que a aplicação de programas multidisciplinares, com exercícios aeróbicos, de fortalecimento e alongamentos, apresentou melhora efetiva no limiar de dor dos pacientes. 

Recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Atividade física é recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para ser considerada uma pessoa ativa a indicação é de:

  • 150 minutos semanais de atividade física leve ou moderada = cerca de 20 minutos por dia, ou;
  • pelo menos, 75 minutos de atividade física de maior intensidade por semana = cerca de 10 minutos por dia.

Mas, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Ministério da Saúde, um a cada dois adultos não pratica o nível de atividade física recomendado pela OMS. 

Fisioterapia e osteopatia para alívio de dores

Fisioterapia e osteopatia para alívio de dores 

As especialidades da fisioterapia e da osteopatia também são caminhos possíveis para alívio da dor crônica de forma natural e menos invasiva. A fisioterapia tem como objeto de estudo o movimento humano e atua nas diversas situações em que ele pode ficar comprometido. Dentro da fisioterapia, há ainda as áreas mais específicas, como a fisioterapia neurológica e a fisioterapia traumato ortopédica

Outra possibilidade de atuação é por meio da osteopatia – terapia manual, natural, que enxerga e trata a causa e o ser, de forma integrada. A osteopatia possui um método próprio de avaliação, diagnóstico e tratamento e é reconhecida pela OMS 

A terapia pode ser aplicada em todas as fases da vida, desde a gestação – na preparação para o parto e para o alívio de dores desse momento da mulher -, em recém-nascidos – para alívio de cólicas e melhora na qualidade do sono -, em bebês, crianças, adultos até a idade madura. Sua abordagem principal está focada no indivíduo e não na doença.

Terapias alternativas e saúde mental

Um fator que está quase sempre associado a algum tipo de dor é o estresse, o cansaço e a falta de ânimo. Estas questões emocionais podem aparecer refletidas no corpo na forma das dores. Por isso, ao olhar para a dor em um indivíduo de forma integrada, considerando além do físico, é possível encontrar, muitas vezes, a raiz do problema e atuar no reequilíbrio da mente e na promoção do bem-estar mental. 

É dessa forma que atuam as terapias alternativas, que tratam a causa e não os sintomas. As práticas compreendem a dor e a doença como um desequilíbrio mais profundo do ser e propõem formas de cuidar e tratar corpo e mente de forma natural, integrada e menos invasiva. Entres essas práticas estão a acupuntura, o shiatsu, o Lian Gong, a meditação, entre outras. 

Aqui, todos os movimentos que você precisa

Aqui, todos os movimentos que você precisa

Na Movimento, para que corpo e mente estejam na mesma direção e sejam tratados em união e em equilíbrio, é possível realizar atividades físicas e terapias de desenvolvimento pessoal em um mesmo espaço, sob a orientação de profissionais especializados. De forma acolhedora e próxima, a Movimento oferece caminhos e alternativas naturais, que unem conhecimento milenar e científico com a finalidade de propor uma melhoria na qualidade de vida e no bem viver de todos. A Movimento está sempre pronta para receber e propor formas de expansão do corpo e da mente para um reequilíbrio tão natural quanto fundamental. Acesse o site e veja todas as nossas aulas e atividades. 

 

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